saiba mais
Conselho avalia se avó tem condições de adotar bebê com 'ossos de vidro'
Conselheira pedirá que MP garanta auxílio a bebê com 'ossos de vidro'
Pela 1ª vez, avó pega neto com 'ossos de vidro' no colo: 'Quero ficar com ele'
Situação de bebê emociona menina com a mesma doença rara, em Goiás
Situação de bebê emociona menina com a mesma doença rara, em Goiás
Juíza diz que não há abrigo para acolher bebê com doença rara em GO
Mãe de bebê com doença rara quer doar criança: 'Não tenho condição'
Após decidir ficar com a criança, que foi colocada para adoção pelos pais, a avó decidiu assumir de vez a obra. “Meu esposo ficou com muita vergonha das pessoas quererem ajudar. Aí vimos que, como a gente já mora aqui há muito tempo, nós deveríamos fazer a reforma. As demais ajudas devem ser feitas em outras coisas, para o bebê”, destacou.
Ao ficar sabendo do caso, o pintor Adriano de Paula Mendes, que é vizinho da família e tem um filho da mesma idade que o menino, decidiu contribuir e ficou responsável pelo acabamento da casa. “Eu creio que ele vai ser um menino sadio e espero vê-lo brincar com o meu filho ainda. Por isso aqui tem que estar tudo limpinho para que ele se sinta em um pedacinho do céu”, afirmou.
O drama sobre quem cuidará do bebê começou quando a mãe, que não quis se identificar, ficou sabendo que o filho teria diversas restrições por causa da doença e precisará de cuidados especiais. Ela e o marido, que têm outro bebê de quatro meses, optaram por doar a criança. "Ele precisa de muita atenção. Decidi dar para adoção porque eu não tenho condição de ficar com ele", afirmou a mulher.
Dias depois, sensibilizada com o caso, a avó visitou o menino no hospital e disse que iria cuidar dele. Ela pode ganhar a guarda, pois o Juizado da Infância e Juventude de Goiânia insiste que o bebê fique com os pais ou familiares.
Segundo a dona de casa, depois de deixar público que quer ficar com o neto, a mãe do menino a procurou e disse que vai auxiliar no que for possível. “Ela falou que vai me ajudar a cuidar dele e que vai ficar por perto, para que ele cresça junto com os outros dois irmãos”, contou.
Doações
O caso da criança comoveu diversas pessoas, que passaram a fazer doações no Hospital da Criança. São fraldas, leite, roupas e até um bicho de pelúcia, que virou o melhor divertimento do menino e o faz sorrir. “Desde que ele ganhou esse cachorrinho, tem tanto estímulos visuais como táteis. Ele tenta apertar a orelhinha para ouvir a música e já balança o corpinho, como se estivesse dançando. Além disso, dorme abraçadinho com ele”, conta a fisioterapeuta Fernanda Ameloti .
Dias depois, sensibilizada com o caso, a avó visitou o menino no hospital e disse que iria cuidar dele. Ela pode ganhar a guarda, pois o Juizado da Infância e Juventude de Goiânia insiste que o bebê fique com os pais ou familiares.
Segundo a dona de casa, depois de deixar público que quer ficar com o neto, a mãe do menino a procurou e disse que vai auxiliar no que for possível. “Ela falou que vai me ajudar a cuidar dele e que vai ficar por perto, para que ele cresça junto com os outros dois irmãos”, contou.
Antes da repercussão do caso, as visitas eram raras. Agora, a rotina mudou bastante e o bebê passou a ser muito requisitado no hospital. “Eu acho que ele vê com bons olhos essas visitas que ele tem recebido de pessoas que se emocionaram com a situação dele e passaram a fazer parte da rotina. Com isso, ele está desenvolvendo o psicomotor e a fala”, explicou a pediatra Paula Pires.
A assistente social Maria Emília Alvim de Souza diz que não para de receber ligações de pessoas interessadas em ajudar. Ela organiza os itens recebidos e orienta sobre o que ele mais precisa. “Eu fiz uma lista de futuros padrinhos, onde vamos destacar se ele precisa de alguma coisa. Essas pessoas disseram que querem o ajudá-lo ao longo da vida”, afirma.
'Ossos de vidro'
A osteogênese imperfeita ocorre por uma deficiência na produção de colágeno, proteína que dá sustentação às células dos ossos, tendões e da pele. Por causa da enfermidade, o bebê de 1 ano e 4 meses nasceu com inúmeras fraturas pelo corpo, razão pela qual foi levado diretamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Durante 9 meses, o menino respirou com a ajuda de aparelhos.
Hoje, o bebê já consegue comer papinha e segurar a mamadeira. A fisioterapeuta Fernanda Ameloti Gomes Avelino, que o acompanha, diz que ele "entende tudo, tem um funcionamento cognitivo (cerebral) bom, só precisa mesmo de estimulação multidisciplinar para que consiga, dentro dos seus limites, uma independência maior".
A pediatra ressalta que o menino precisa de atenção especial constante. "Ele vai necessitar acompanhamento pediátrico, ortopédico, fisioterápico e fonoaudiológico em centro específico para essa doença. Também deve ter brinquedos que não ofereçam risco. Além disso, vai precisar de almofadinhas, travesseiros", explica Paula.
Por causa dos cuidados que a criança precisa, a juíza Maria Socorro de Souza Afonso da Silva, afirmou que não há abrigo no estado com condições de receber o menino. De acordo com a magistrada, as unidades não possuem servidores suficientes para cuidar devidamente da criança.
g1
Nenhum comentário:
Postar um comentário